segunda-feira, 20 de outubro de 2008


IMPUNIDADE


A advogada de Lindemberg, assassino de Eloá Cristina Pimentel, vai pedir que o seu cliente seja solto e responda o processo em liberdade por ser réu primário e ter bons antecedentes,.

A ilustre causídica argumentou sentir-se preocupada que o seu cliente possa sofrer represálias por parte de outros presos. Adiantou ainda que o criminoso encontra-se arrependido e que pergunta toda hora pela ex-namorada, o que demonstra que ele é bonzinho, nao é mesmo ?

Provavelmente ela conseguirá o seu intento, se considerarmos que a lei brasileira garante ao réu primário o benefício ora requerido pela advogada, mesmo que, no caso, o Lindenberg tenha ainda ferido uma segunda pessoa e atirado diversas vezes contra os policiais presentes à cena do crime, demonstrando a sua alta periculosidade, ou total desequilíbrio emocional.

O brasileiro já não sabe mais o que fazer da sua vida, ainda mais quando se defronta com essa verdadeira excrescência jurídica que permite que qualquer um possa, pelo menos uma vez em sua vida, praticar um crime e responder o processo em liberdade, desde que seja primário e possua bons antecedentes. Um espanto!

Mas fazer o que? Enquanto esta famigerada lei não for revogada os seus efeitos legais deverão ser obrigatoriamente respeitados pela justiça. E por que não é mudada então se sabidamente ela atua como um incentivo a pratica do crime, seja ele de que tipo for?

Certamente devem existir muitos interesses ocultos na permanência desse dispositivo em nosso arcaico Código Penal, se considerarmos que alguns de nossos legisladores são contumazes na prática de crimes contra o patrimônio publico, principalmente. E a vigência dessa lei absurda lhes garantirá a certeza da impunidade, na hipótese de virem a ser julgados por esse tipo de crime, ou outro qualquer que venham cometer. Basta olharmos o restrospecto deles.

E enquanto esta letra da lei não for modificada, estaremos assistindo, diariamente, qualquer criminoso ser libertado, escudado num dispositivo legal que irá garantir sua permanência nas ruas sem que sofra a ameaça da perda de liberdade.

Poderá até cometer novos crimes, já que enquanto não for transitada em julgado a sentença condenatória do processo instaurado, ele continuará como réu primário até o consumar dos séculos, se consideramos as firulas jurídicas existentes que poderão postergar, indefinidamente, o julgamento condenatório definitivo que o possa trancafiar por um bom tempo.


Pacientes Invisíveis

Este é um desabafo que fazemos, trazendo à colação a denúncia e a desilusão sobre a medicina praticada sem coração nos hospitais localizados no interior e nas capitais deste país.

Hoje representamos apenas uma senha no meio de uma luta ferrenha que se trava nos bastidores, onde o doutor não tem mais condições ou mesmo intenções em nos dispensar sua preciosa atenção.

O atendimento geralmente é feito ligeiramente, de modo quase indiferente, deixando os pacientes desolados por serem tratados dessa maneira.

Parece até que os médicos estão cumprindo uma condenação, esquecendo-se que eles é que escolheram essa bela profissão, e a deveriam exercer com a indispensável atenção, deixando de lado os seus problemas particulares, pelo menos enquanto estivessem com os seus auriculares auscultando nossos corações e pulmões.

Isso é o mínimo que podemos desejar daqueles que têm aos seus cuidados a saúde dos pobre-coitados que não são culpados pelos humores de alguns desses doutores que se sentem os senhores de nossas vidas, clinicando sema atenção devida a sofrida população.

Não querermos generalizar, e muito menos ridicularizar esta nobre profissão que engrandece qualquer cidadão que a ela venha se dedicar. Apenas fazemos uma observação que sirva como lição a todos maus médicos que receitam os seus remédios e sequer olham de frente os seus pacientes, sempre muito carentes de uma especial deferência por parte dos doutos representantes dessa ciência.

Sabemos que às vezes as condições de trabalho não são adequadas, o que dificulta um pouco suas jornadas, mas o fato não pode servir como pretexto que possa justificar todo esse contexto, já que somos contribuintes e exigimos um mínimo de requinte no atendimento.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Capa do meu livro "Miscelâneas"



Contos, Crônicas e Poesias

Capa do meu livro " Devaneios"



Contos, Crônicas, Poesias e Pensamentos

Capa do meu livro " Mensagens"


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Contos, Crônicas, Poesias, Pensamentos

Capa do meu livro "Introspecção "


Contos, Crônicas,Pensamentos e Poesias.

Em Nome de Deus


Em nome de Deus


Nos últimos anos tem ocorrido um recrudescimento das igrejas evangélicas em todo país, com ramificações até em outros paises, como é o caso da Universal do Reino de Deus, cujo número de evangélicos no Brasil está estimado em 15 milhões, com um crescimento que passou de 2,6% para 15,4% nos últimos 60 anos, segundos dados do IBGE.

A Universal, espcificamente, possui templos espalhados em mais de 172 países, com sua sede mundial localizada no bairro de Del Castilho, no Rio de Janeiro, cujo templo abriga um número aproximado de 15 mil fieis, dispondo de um heliponto para pouso e decolagem de helicópteros, sendo considerada como a instituição religiosa com o maior crescimento nos últimos anos.

Mas ela não vive somente pregando a palavra de Deus. O seu poder econômico fez com que diversificasse seus serviços ampliando o seu raio de ação através de pesados investimentos em atividades empresariais, a saber:

Além de proprietária da Rede Record de Televisão, possui ainda mais 23 emissoras de TV e 40 de rádio, além dos jornais “Folha Universal”, com uma tiragem aproximada de 2.300.000 exemplares por semana, e “Hoje em Dia”, de Minas Gerais, mais uma editora gráfica, agencias de participações, de turismos, imobiliárias e até uma empresa de táxi aéreo.

Os recursos que a possibilitaram criar esse verdadeiro império veio através do dízimo cobrado de seus fieis seguidores. E graças a ele a Universal aos poucos foi expandindo a sua influência doutrinadora e empresarial por este vasto mundo, alcançando fronteiras nos mais distantes rincões do planeta, e a cada ano vai conquistando novos e promissores espaços, inclusive nos lugares mais remotos, utilizando-se de uma tática gerencial ousada e altamente eficaz.

Primeiramente começou a conquistar o seu espaço nos principais centros urbanos brasileiros, depois estendeu a sua influência para os países latinos americanos até que, resolveu alçar vôos mais ambiciosos, atravessando oceanos e conquistando adeptos em praticamente quase todos as capitais do mundo, num crescimento extraordinário como instituição religiosa e ao mesmo tempo empresarial, eis que os recursos financeiros que movimenta chegam à casa dos milhões de dólares ou euros.

Somente na TV Record, a Universal aplicou a bagatela de R$ 500 milhões de reais, permitindo que se consolidasse na segunda maior rede de tv brasileira, desbancando inclusive a emissora do poderoso Silvio Santos (SBT), e ameaçando à liderança da TV Globo num futuro não muito distante, se levarmos em conta o seu contínuo expansionismo e poder de fogo.


Fonte: Internet

Crise nas Bolsas

As bolsas do mundo estão enlouquecidas. Milhões, ou bilhões, estão mudando de mãos em questão de minutos. Empresas tradicionais, há anos no mercado financeiro, estão fechando suas portas praticamente de um dia para o outro. Os pregões já se iniciam sob fortes expectativas, gerando uma ansiedade desmesurada de consequências imprevisíveis, mexendo com corações e mentes, fazendo com que a incerteza seja a tônica predominante.

Ao que tudo indica, esta crise está parecendo uma reedição daquela ocorrida em 1929, oportunidade em que a bolsa de New York quebrou (crash), levando a banca rota milhões de americanos que perderam quase tudo que tinham, fazendo com que muitos deles pulassem pelas janelas da bolsa para se estatelarem no asfalto abaixo, onde outros tantos andavam de um lado para o outro totalmente descompensados. Um caos absoluto que levou o mundo a uma séria recessão que durou anos.

Esta nova crise, no entanto, embora possua uma certa similaridade com a de 1929, não pegou o mercado financeiro totalmente desprevenido, já que encontrou uma economia mais diversificada daquela que existia à época, com dispositivos de socorro aos mercados financeiros mais bem concatenados, o que poderá abrandar um pouco os efeitos nefastos que esse tipo de convulsão provoca nas economias dos países, principalmente os emergentes, como o nosso.

Portanto, que ninguém que engane que, nós brasileiros, estejamos a salvo desse verdadeiro terremoto que está sacudindo a economia mundial. pois os seus efeitos já se fazem sentir, principalmente na bolsa de valores de São Paulo, cujos índices despencaram nos últimos dias com significativas perdas, chegando a gerar um certo pânico entre os operadores.

Isso denota que o governo, para fazer frente a essa crescente ameaça , irá aumentar as taxas de juros como uma das medidas para proteger a nossa economia, fazendo com que o crédito venha se tornar escasso e muito caro, refletindo-se no consumo de bens duráveis e no aumento dos preços dos serviços em geral, numa ciranda que, provavelmente, poderá fazer o Brasil mergulhar em uma recessão, embora o nosso governo insista que estejamos preparados devido ao expressivo valor de nossas reservas cambiais, em patamares acima de 200 bilhões de dólares.

Que assim seja, mas se essa crise não for debelada logo, mesmo duzentos bilhões de dólares poderão ser pulverizados em menos de uma semana, se tanto. E mesmo que os mecanismos de socorro à economia em perigo surtam o esperado efeito, tenho para mim que nada mais será como antes depois dessa sacudidela na economia mundial.








Globalização

Era uma vez um grupo de pessoas que viviam no país das maravilhas chamado de Estados Unidos da América do Norte. Um lugar paradisíaco onde quase todos os sonhos viravam realidade, bastando que as pessoas se dedicassem de corpo e alma aos projetos de vida que idealizassem, por mais estapafúrdios que fossem.

E assim fazendo, muita gente ficou rica praticamente da noite para o dia, outras nem tanto, mas a maioria delas conseguiu um alto padrão de vida, principalmente em relação aos demais países, mormente aqueles situados no que se convencionou chamar de terceiro mundo, que ficava lá para as bandas da Linha do Equador,

E durante décadas e décadas esse sonho se manteve vivo para a alegria de uma significativa parcela dos membros dessa sociedade privilegiada, e invejada por aqueles que sonhavam também um dia poder desfrutar das promessas daquela verdadeira terra prometida.

Mas como tudo na vida tem um inicio, meio e fim, a América não foi uma exceção à regra, a exemplo de outras potências do passado que sofreram o declínio progressivo de suas importâncias no âmbito mundial, perdendo gradativamente a influência militar e econômica que exerciam sobre os outros povos, até ficarem reduzidas a uma ínfima expressão do que haviam sido antes.

Este fenômeno é mais do que previsível, se observarmos a velha máxima de que tudo que sobe uma hora tem que descer. Que o digam os Impérios Mesopotâmio, Romano, Grego, Egípcio, HItita, Sírio e mais recentemente o Otomano, Espanhol, Português, Francês, Alemão, Russo, Inglês e outros mais que vivem atualmente das reminiscências dos seus respectivos apogeus .

A América, especificamente, ao contrário dos outros impérios, começou a perder a sua hegemonia - iniciada logo após o término da Segunda Guerra Mundial- não através de derrotas nos campos de batalhas, mas sim em um outro tipo de peleja: a econômica, essa talvez com um poder devastador maior de que uma guerra nuclear.

Aos poucos a terra de Tio Sam começou a apresentar problemas de déficit em sua balança comercial que a cada ano mais se acentuava, sem que, no entanto, o seu povo sequer desse bola para isso, continuando a consumir em escalas cada vez maiores, como se nada estivesse ocorrendo com a economia dos gringos. Afinal, não eram eles os habitantes da nação mais rica da terra, o verdadeiro Eldorado?

E quando descobriram que já não tinham mais dinheiro vivo para gastar nas quantidades a que estavam acostumados, simplesmente começaram a se endividar através das casas de crédito fácil, que emprestavam milhões de dólares a juros baixíssimos, e que exigiam pouca ou nenhuma garantia , fazendo dessas operações uma verdadeira farra do boi.

Um dia, de repente, também se deram conta de que que não podiam pagar as prestações dos empréstimos assumidos, fazendo com que o efeito cascata levasse as grandes empresas de crédito a uma bancarrota fenomenal, arrastando nesse verdadeiro Tsunami instituições bancárias acima de qualquer suspeita, não só na América como em quase todo o mundo .

Agora, a pergunta que não quer calar:

Tudo bem que estamos vivendo uma economia globalizada, mas por que cargas d água temos que pagar pela ganância desenfreada de uma sociedade mal acostumada que tentou colocar às mãos onde não alcançava, mesmo sabendo que o seu país não andava lá muito firme das pernas ?

E agora ? O mundo todo está à beira do abismo porque uma ínfima parcela da população deste planeta não quis abrir mão de seus privilégios , mesmo sabendo que os tempos eram outros? Não acho que isso seja justo para aqueles que só ficavam lambendo os beiços enquanto os americanos saboreavam caviar de manhã à noite.

Aguardemos os desdobramentos para ver no que vai dar, fazendo de antemão uma oração para todos os santos de plantão para que olhem pelos pobres consumidores do terceiro mundo , em vias de mergulharem em uma recessão que poderá levar a todos para o brejo, igualzinho a vaquinha do conhecido adágio popular.

domingo, 5 de outubro de 2008

Amadurecimento


Amadurecimento

Eu reconheço que sou um saudosista, daqueles de carteirinha e tudo mais. Vibro intensamente quando revejo passagens da minha longínqua juventude e que me gratificam sobremaneira. E, no entanto, alguns amigos me fazem severas críticas argumentando que vivo mais com a mente no passado do que no presente, e que isso fará com que o este seja afetado e o meu futuro descontinuado.

Até acho graça quando dizem isso com um certo ar de reprovação estampado em seus rostos. Na verdade, não preciso ficar ouvindo essas coisas. E isso porque quando faço uma viagem no tempo da memória, e visito lugares e situações pretéritas, consigo extrair algo positivo para a minha vida presente e, conseqüentemente, mais solidez às minhas perspectivas futuras.

Entendo que a vida é um somatório de experiências adquiridas desde o primeiro dia em que viemos ao mundo, e que elas irão moldando a nossa personalidade através dos anos, oferecendo-nos o necessário amadurecimento que nos permitirá encarar os problemas de uma maneira puramente racional e não fantasiosa.

À busca pelos antigos ensinamentos, a meu ver, atua como uma espécie de reciclagem que nos abastece de mais energia para uma segura caminhada rumo ao amanhã, alicerçada na aprendizagem assimilada no passado.

O ser humano adulto nada mais é do que um produto acabado, pacientemente construído através das diversas fases de sua vida, da infância e adolescência, até que atinja a fase adulta já dotado de toda a prática que o guiará vida afora até o momento do seu último suspiro.

Logicamente que cada um de nós dará formas ao seu respectivo futuro, com base nos aprendizados auferidos desde a mais tenra idade, cujo aperfeiçoamento herdado é que determinará a qualidade de vida que os indivíduos irão dispor em suas vidas adultas.

E estando já devidamente preparados, estaremos aptos à escolha das melhores opções a serem seguidas rumo a nossa plena realização como seres plenamente amadurecidos.