domingo, 22 de março de 2009


Dia Internacional da Mulher


Temos hoje em dia uma nova mulher bem diferente daquela que existia há poucas décadas, mais precisamente lá pelos anos 60; os chamados “Anos Dourados”।

A mulher daquela época era simples, de costumes caseiros e vida social restrita geralmente aos bairros circunvizinhos em que morava e aos seus moradores. Uma criatura comum, sem "caras e bocas”, estrelismo, silicone, botox, cirurgia plástica, próteses nos seios ou nos glúteos, e sabe-se lá onde mais।

Era como Deus a havia criado: sem sofismas ou acessórios “adaptados” a uma eventual situação criada pelo modismo। Apenas uma figura graciosa, ao natural, exibindo as características físicas que possuía, fossem elas generosas ou não.

O máximo que fazia para fugir do então padrão feminino era colocar um vestido mais curto (mini-saia), exibir um decote generoso ou “carregar” um pouco na maquiagem para exibir uma imagem “hollyoodiana", acentuando o seu “sex appeal”।

Via de regra, possuía um perfil meigo, amigo, meio tímido, (que graça!) e corava com facilidade a qualquer situação que fugisse ao seu controle emocional। Era comportada, em sua maioria, porém exigente quanto ao respeito e consideração que esperava por parte do seu eventual parceiro।

Este era mais ou menos o “modus vivendi” feminino daquela época que, há muito, só existe nas reminiscências daqueles saudosistas que tiveram o privilégio de com ela conviver।

Mas o tempo foi passando, passando, e algo aconteceu com a sua cabecinha। De repente, como num passe de mágica, mudou radicalmente o modo de pensar! Passou a achar que poderia ser melhor, não somente na aparência, ou mesmo no intelecto, e modificou substancialmente o papel submisso que, no seu entender, a natureza erroneamente havia lhe reservado।

Tornou-se uma revolucionária para consigo mesma। Questionou tudo que entendia haver de errado em sua postura social. Foi à época das grandes manifestações tipo: abaixo o uso do sutiã, viva a liberdade sexual, fora com o machismo, abaixo os porcos chauvinistas (coitados dos homens!), viva o aborto, igualdades de direitos, etc, etc.

Nada contra que tenha se rebelado acerca da posição relativamente dependente que a sociedade conservadora da época lhe impunha, afinal era natural que também tivesse os mesmos direitos, e obrigações, do seu parceiro de जोर्नाडा.

Até aí tudo bem, sem contestações. Apenas ficou patente que se deixou levar pela onda da modernidade e acabou transformando-se numa caricatura do que era.
Transfigurou-se de uma maneira tal que ultrapassou o seu próprio limite; limite este que a fazia singular e admirada pelo sexo oposto; este, agora, conceituado como rival।
Ao igualar-se ao homem , acabou perdendo o encanto, a magia e delicadeza que faziam a grande e gratificante diferença em sua relação com o seu oposto.

Hoje, vencidas todas as etapas de sua emancipação, temos a nova mulher, bem diferente daquela que conhecíamos e admirávamos nos idos tempos em que os dois lados viviam em perfeita harmonia, sem os inconvenientes dos efeitos da dita modernidade.
Não deixou de ser amada por isso, muito pelo contrário, já que representa o que de melhor a natureza possa ter criado até hoje। Apenas, talvez, tenha desapontado um pouco os que a viram despir-se - literalmente - aos poucos, de quase todas as suas belas virtudes, transformando-se, em certas situações, num mero objeto de prazer a ser exibido sob as fortes luzes da sensualidade desmesurada।

Tornou-se uma feroz e insaciável concorrente em todos os campos da atividade हुमाना, não mais existindo aquele instinto emocional e maternal que a ligava ao seu parceiro। Hoje, predomina a disputa patente em tudo que faz na vida। Podendo até arriscar-se dizer que perdeu um pouco de sua inocência e feminilidade.

Presentemente é encarada com certo receio e preocupação. Qualquer ato impensado que, eventualmente, seja praticado pelo seu, agora, eterno concorrente, poderá gerar conseqüências imprevisíveis e suscetíveis de represálias inconcebíveis de sua parte; mesmo uma simples paquera. (Assédio sexual é uma frase que aterroriza qualquer homem).

Acuada e temerosa, a antiga classe dita dominante, tem uma sofrida expectativa em relação a essa nova postura da mulher. Não que ela possa a vir ocupar o lugar antes exclusivo dos homens - isso já aconteceu há muito tempo, mas sim que deixe de ser aquela figura graciosa e feminina de doces e gratas lembranças.