quarta-feira, 8 de outubro de 2008


Crise nas Bolsas

As bolsas do mundo estão enlouquecidas. Milhões, ou bilhões, estão mudando de mãos em questão de minutos. Empresas tradicionais, há anos no mercado financeiro, estão fechando suas portas praticamente de um dia para o outro. Os pregões já se iniciam sob fortes expectativas, gerando uma ansiedade desmesurada de consequências imprevisíveis, mexendo com corações e mentes, fazendo com que a incerteza seja a tônica predominante.

Ao que tudo indica, esta crise está parecendo uma reedição daquela ocorrida em 1929, oportunidade em que a bolsa de New York quebrou (crash), levando a banca rota milhões de americanos que perderam quase tudo que tinham, fazendo com que muitos deles pulassem pelas janelas da bolsa para se estatelarem no asfalto abaixo, onde outros tantos andavam de um lado para o outro totalmente descompensados. Um caos absoluto que levou o mundo a uma séria recessão que durou anos.

Esta nova crise, no entanto, embora possua uma certa similaridade com a de 1929, não pegou o mercado financeiro totalmente desprevenido, já que encontrou uma economia mais diversificada daquela que existia à época, com dispositivos de socorro aos mercados financeiros mais bem concatenados, o que poderá abrandar um pouco os efeitos nefastos que esse tipo de convulsão provoca nas economias dos países, principalmente os emergentes, como o nosso.

Portanto, que ninguém que engane que, nós brasileiros, estejamos a salvo desse verdadeiro terremoto que está sacudindo a economia mundial. pois os seus efeitos já se fazem sentir, principalmente na bolsa de valores de São Paulo, cujos índices despencaram nos últimos dias com significativas perdas, chegando a gerar um certo pânico entre os operadores.

Isso denota que o governo, para fazer frente a essa crescente ameaça , irá aumentar as taxas de juros como uma das medidas para proteger a nossa economia, fazendo com que o crédito venha se tornar escasso e muito caro, refletindo-se no consumo de bens duráveis e no aumento dos preços dos serviços em geral, numa ciranda que, provavelmente, poderá fazer o Brasil mergulhar em uma recessão, embora o nosso governo insista que estejamos preparados devido ao expressivo valor de nossas reservas cambiais, em patamares acima de 200 bilhões de dólares.

Que assim seja, mas se essa crise não for debelada logo, mesmo duzentos bilhões de dólares poderão ser pulverizados em menos de uma semana, se tanto. E mesmo que os mecanismos de socorro à economia em perigo surtam o esperado efeito, tenho para mim que nada mais será como antes depois dessa sacudidela na economia mundial.







Um comentário:

Uncle Bob disse...

Pai,

Adorei o blog!
Beijos!!!